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Entrevista Local Properties - Revista Valor Magazine

Entrevista Local Properties - Revista Valor Magazine
A nossa agência foi convidada pela revista Valor Magazine, como referência da região do Algarve, a estar presente em forma de entrevista, na edição de Novembro de 2021. É muito gratificante quando sentimos que o nosso trabalho é reconhecido!
 
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Que balanço faz, até agora, da criação deste projeto?

Carla Barradas (C.B.): O balanço até agora tem sido muito positivo, a digitalização do negócio foi inevitavelmente acelerada e foi nesse sentido que apostámos, para marcarmos presença no mercado. Trabalhar no ramo imobiliário faz com que todos os dias sejam um desafio novo e diferente e é com essa diversidade que conseguimos transmitir a nossa paixão e dedicação. Acredito que o esforço e a dedicação são a chave do sucesso!

 

Considerando as novas tendências de procura de habitação, que surgiram na pandemia, que análise faz do mercado imobiliário atualmente?

Ricardo Henriques (R.H.): O mercado teve de se reinventar, foi quase um choque tecnológico, em que os compradores não podiam viajar e as novas tecnologias foram uma importante ferramenta, os tours virtuais, as reuniões Zoom, as videochamadas, a própria realidade virtual…Tivemos todos de aprender rápido, mas todas estas tecnologias agora vão ser a norma. Pessoalmente, considero que a tecnologia, embora seja muito importante, nunca irá substituir a presença, a conversa olhos nos olhos, porque muito desta profissão é a relação que criamos com os clientes.

 

Existe produto no mercado, para arrendar/comprar, com as características que as pessoas mais procuram? Seria importante o desenvolvimento da construção civil, para surgir produto novo no mercado?

R.H.: Essa é uma questão pertinente. No Algarve, existe realmente uma escassez de habitação nova para os compradores residentes com ordenados normais. Isso, aliado ao preço impeditivo dos arrendamentos. Compreendo que, para os construtores, seja mais interessante criar um produto que vendem por 350 mil euros, do que um produto que vendem por 190 mil euros, mas penso que os políticos deviam criar leis ou incentivos para resolver esse problema. As Câmaras também não deviam permitir que nos seus centros históricos houvesse tantas casas abandonadas e a necessitar de obras. Não faz sentido estar a construir mais, sem antes cuidar do que já existe.

 

Quais os principais desafios para o mercado algarvio, atualmente?

R.H.: Os principais desafios para o mercado algarvio passam por criar condições para não termos um turismo tão sazonal, investir em turismo cultural, de aventura, gastronómico, produtos diferenciadores. Tudo isso vai ajudar a criar um Algarve que trabalha o ano todo. A beleza, as pessoas, o clima e a comida já existem, agora importa pensar mais a médio/longo prazo e criar condições para o futuro.

 

Quão importante é o papel da formação no desenvolvimento de bons consultores e, por conseguinte, bons profissionais?

C.B.: A formação é muito importante, o rigor e profissionalismo são essenciais nesta profissão, que tem um impacto social muito relevante. Todos os nossos consultores têm formação na área, para além de acompanhamento contínuo, para que possam encontrar motivação, tão necessária nestes tempos atípicos. Na minha opinião também seria importante a profissionalização do setor, de forma a existir uma preocupação no que diz respeito a requisitos mínimos para se iniciar ou manter nesta atividade. Recordo que já existiu a obrigação de ter a carteira profissional ativa e a idoneidade comercial, mas atualmente esses requisitos são inexistentes.

 

Quais os planos já delineados para o futuro mais próximo, no que respeita ao crescimento ou solidificação da empresa?

C.B.: Continuar a apostar no virtual, que será um modelo dominante do futuro e terá cada vez mais impacto, reforçar a nossa presença nas redes sociais, com conteúdos diferenciadores. Aumentar a equipa, disponibilizar mais ferramentas de trabalho, fomentar a inovação e o dinamismo fazem parte da nossa visão futura, assim como expandir a agência para outros locais.